Leading Positive Transformation… in times of change

Cinco tendências que emergem da pandemia Covid-19

Nas últimas semanas estivemos todos concentrados em nos ajustarmos ao embate da crise sanitária e económica que se abateu sobre todos nós e fundamentalmente em preocupações de muito curto prazo, nomeadamente:

– garantir a segurança das pessoas

– manter a relação com os clientes e a continuidade das operações

– assegurar a liquidez da organização

– procurar as linhas de apoio que têm sido anunciadas…

Agora que o impacto inicial da crise sanitária começa a ficar controlado, e que se espera uma abertura e descompressão gradual da economia, urge começar a pensar a um prazo mais largo no que poderá ser o “novo normal” da nossa sociedade. Muito se tem já dito e escrito sobre esta matéria mas destacaríamos cinco grandes tendências transversais:

1O mundo afinal não é plano… ao contrário do que se começava a pensar. Os equilíbrios geopolíticos vão provavelmente sofrer grandes alterações. Vamos assistir ao regresso da importância da distância e a uma globalização menos alargada, com uma menor dispersão geográfica das cadeias de valor e uma maior preocupação com a fiabilidade e a vulnerabilidade das cadeias de abastecimento.

 

2 – O crescimento não é eterno… e a busca da eficiência e de ganhos marginais tem os seus limites. O crescimento tem que ser compatível com as características de cada mercado e o equilíbrio dos vários interesses em jogo. A Sustentabilidade Económica, Social e Ambiental tem de ser um pilar fundamental da estratégia de negócio. Não basta também ter processos otimizados. Têm que ser ágeis e resilientes.

 

3 – Os nossos estilos de vida também têm limites. Esta crise é também uma grande lição de cidadania e de humildade sobre os nossos valores e expectativas e vai certamente provocar alterações aos padrões de consumo que vão perdurar. A qualidade dos produtos e serviços que adquirimos vai ganhar terreno à quantidade de produtos que consumimos. A confiança nas Marcas e nos fornecedores (tanto em B2C como em B2B) vai ser determinante. As Marcas terão que ter um propósito claro e uma ligação mais forte e transparente com os consumidores. A Saúde, a Segurança e o Bem-Estar vão ganhar mais importância e a Ciência e o Conhecimento vão ser mais valorizadas.

 

4 – O regresso à “Aldeia… num mundo Digital! – Durante algum tempo as pessoas terão uma certa aversão às multidões e às grandes viagens. Vão valorizar muito mais a proximidade, a sua casa, o consumo local e de conveniência, a qualidade e equipamentos do seu lar, o campo em detrimento das grandes cidades, mas as ruas e praças desta Aldeia serão também digitais. O Digital já está a conhecer uma clara aceleração e vai atingir uma maior maturidade em todas as suas formas (comunicação e socialização, pesquisa de informação, teletrabalho, formação e colaboração à distância, comércio, serviço ao cliente, automação e tratamento de informação…)

 

5 – O Escritório não tem que ser o centro da nossa vida. Para um grande número de profissões as modalidade de trabalho à distância que implementámos por necessidade, mas que em muitos casos se estão a revelar bem mais eficientes, vão-se tornar um elemento central da organização do trabalho. A orientação a resultados, e não tanto de atividades, a confiança, a automotivação e a consolidação de organizações baseadas em equipas ágeis, flexíveis e multidisciplinares, vão fazer parte do “novo normal” de muitas das nossas empresas, o que vai representar um grande desafio em particular para as chefias de proximidade.

 

Já todos sabemos que a retoma vai acontecer de forma gradual e assimétrica entre sectores e mercados. Mas um aspeto que todos os gestores devem ter presente nesta reflexão é que, desta vez, a crise abateu-se de forma transversal sobre todos os players e praticamente sobre todos os setores, ou seja todos os  concorrentes estão também com as mesmas dúvidas e ameaças, e todos os parceiros de negócio, clientes, fornecedores… estão também a atravessar mudanças radicais.

 

Quem se preparar melhor e conseguir reunir as competências e capacidades necessárias, poderá assim responder mais rapidamente a estes desafios e agarrar novas oportunidades que vão certamente surgir nos próximos meses em vários setores, ocupando espaços de mercado que vão ficar mais fragilizados ou mesmo sem resposta. É natural que muitos destes movimentos sejam feitos com novas parcerias e modelos de negócio.

Na Eurogroup estamos já a apoiar vários clientes na procura das respostas a estes desafios, fiéis ao nosso propósito – Leading Positive Transformation – e fazendo-o da forma distintiva que nos caracteriza – The Art of Mobiization – que consiste no fundo em conjugar uma sólida experiência de terreno com a arte de fazer acontecer as coisas pelas mãos dos seus protagonistas: os Gestores e as Equipas dos nossos clientes!